O pai da evolução biológica: Charles Darwin
Charles Darwin(1809 – 1882) nasceu em 12 de fevereiro de 1809, o quinto de seis irmãos, na família de um bem sucedido médico de interior. Seu avô paterno, Erasmus, uma figura muito respeitada embora algo controvertida, desfrutava da amizade de outra personalidade de grande destaque no século XVIII, Josiah Wedgwood I, fundador da Cerâmica Wedgwood. Esta amizade viu-se coroada com o casamento da filha mais velha de Wedgwood, Susannah, com Robert, filho de Erasmus Darwin.
Escola e Universidade
Charles cursou a Escola de Shrewsbury desde os nove anos, onde era freqüentemente rejeitado como o menino "que brinca com gases e outras porcarias". Aos dezesseis anos, esforçando-se para agradar ao pai, Charles iniciou os estudos de medicina na Universidade de Edinburgh e posteriormente, dedicou-se à Teologia, em Cambridge.
Não estava porém destinado o ser médico ou pastor. Em ambas as universidades distinguiu-se sobretudo em ciências naturais, área em que nunca se matriculara oficialmente.
Casamento
Ao debater consigo mesmo se deveria ou não casar-se, Darwin elaborou uma lista de prós e contras. Como solteiro, argüia, ele poderia perseguir suas pesquisas científicas sem o peso de preocupações domésticas. Mas os dons e encantos de sua prima Emma Wedgwood preponderaram sobre os contras, e a 29 de janeiro de 1839 celebrou-se o casamento de ambos.
A Origem das Espécies
Darwin não perdeu mais tempo com hesitações acadêmicas. Em julho de 1858 iniciou um trabalho para a Sociedade Linnean que veio a constituir A Origem das Espécies, publicado no ano seguinte por John Murray. Marcou história, expondo o mecanismo básico da evolução: a seleção natural.
Darwin havia acumulado tantos fatos para fundamentar sua teoria que seus argumentos eram difíceis de refutar. Mas a implicação de que todos os seres vivos descendem de um ancestral comum insere o Homem no esquema evolutivo, dando início a uma das maiores controvérsias científicas, e cujos efeitos se fazer sentir até os nossos dias.
Últimos Anos
Após a publicação de Origem das Espécies, Darwin aparentemente abandonou os estudos evolucionistas, dedicando-se à área menos controversa das plantas e minhocas. Na realidade, porém, continuou a acumular evidências para sua teoria na vida das plantas, acreditando que estas se prestavam mais adequadamente às suas experiências do que os animais. Em 1876 Darwin redigiu uma curta autobiografia, dedicada a seus filhos, em que registra suas atividades científicas. Suas investigações e experiências levaram-no a fazer muitas descobertas importantes, pelo que é hoje considerado como um dos pioneiros não apenas da teoria da evolução como também no campo da taxionomia dos percevejos, do comportamento animal, da genética, da fisiologia vegetal e da polinização ecológica.
Reconhecimento
Darwin viveu o suficiente para ver sua teoria da evolução ganhar aceitação geral. É de Huxley a queixa irônica de que "será um mundo monótono. As idéias que os homens desprezavam há 25 anos logo serão ensinadas nos livros escolares". No dia 19 de abril de 1882 Darwin faleceu em Down, e foi sepultado próximo à tumba de Isaac Newton, na Abadia de Westminster. Huxley, Hooker e Wallace carregaram seu caixão. Sua maior realização foi ter lançado as bases da biologia moderna.
sábado, 5 de junho de 2010
Abiogênese_ contextualizando
Até ao século XIX considerava-se que todos os seres vivos existentes se apresentavam como sempre tinham sido. Toda a Vida era obra de uma entidade toda poderosa, facto que servia para mascarar o facto de não existirem conhecimentos suficientes para se criar uma explicação racional.
Esta explicação, o Criacionismo, no entanto, já no tempo da Grécia antiga não era satisfatória. De modo a contornar a necessidade de intervenção divina na criação das espécies, surgem várias teorias alternativas, baseadas na observação de fenómenos naturais, tanto quanto os conhecimentos da época o permitiam.
Aristóteles elaborou uma dessas teorias, cuja aceitação se manteve durante séculos, com a ajuda da Igreja Católica, que a adoptou. Esta teoria considerava que a Vida era o resultado da acção de um princípio activo sobre a matéria inanimada, a qual se tornava, então, animada. Deste modo, não haveria intervenção sobrenatural no surgimento dos organismos vivos, apenas um fenómeno natural, a geração espontânea.
Estas ideias perduraram até á era moderna, pois Van Helmont (1577 – 1644) ainda considerava que os “cheiros dos pântanos geravam rãs e que a roupa suja gerava ratos, adultos e completamente formados”.
Também era considerado acertado pelos naturalistas que os intestinos produzissem espontaneamente vermes e que a carne putrefata gerasse moscas.
Todas estas teorias consideravam possível o surgimento de Vida a partir de matéria inanimada, fosse qual fosse o agente catalisador dessa transformação, daí o estarem englobadas na designação geral de Abiogénese
Teoria da Abiogênese
Abiogênese (do grego a-bio-genesis , "origem não biológica")
Aristóteles no século IV a.C acreditava na existência de certos princípios ativos ou forças vitais no surgimento da vida a partir de substâncias inanimadas. Surgindo assim a teoria da abiogênese ou geração espontânea (crença de que a vida poderia surgir a partir de água, lixo, sujeira e outros restos).
Em meados do século XVII, o biólogo italiano Francesco Redi (elaborou experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da geração espontânea. Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros "vermes" deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível. Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição, esses "vermes" não apareciam . Redi, então, isolou alguns dos "vermes" que surgiram no interior dos frascos abertos, observando-lhes o comportamento; notou que, após consumirem avidamente o material orgânico em putrefação, tornavam-se imóveis, assumindo um aspecto ovalado, terminando por desenvolver cascas externas duras e resistentes. Após alguns dias, as cascas quebravam-se e, do interior de cada unidade, saía uma mosca semelhante àquelas que haviam pousado sobre a carne em putrefação.
Teoria da Biogênese
Por volta de 1862, o cientista Louis Pasteur (1822-1895), desmentiu a abiogênese, comprovando assim, que os microorganismos, originam-se a partir de outros preexistentes.
Ele ferveu caldo de carne em um vidro aberto que possuía um gargalo curvado em forma de S, conhecido como “pescoço de cisne”. O líquido ficou por muito tempo sem micróbios, apesar de entrar ar os micróbios que vinham juntamente com o ar ficavam depositados junto à poeira na curvatura do gargalo.
Para comprovar que não havia micróbios, o cientista curvou o frasco, para que o caldo estéril juntasse com a poeira e logo depois, o frasco estava cheio de bactérias.
As experiências de Pasteur e Redi fizeram com que a hipótese da biogênese, fosse aceita pelos cientistas de todo o mundo .
Criacionismo e Evolucionismo
•O Criacionismo é a teoria que diz que o Universo e a vida na Terra foram criados por uma ou mais entidades inteligentes (um ou mais deuses).
Para os gregos antigos, foram os titãs que criaram o homem; para a mitologia chinesa, a raça humana foi criada pela solidão da deusa Nu Wa; o cristianismo se baseia nos escritos da Bíblia para explicar a origem do universo e da vida (Deus teria criado os céus, a Terra com toda a vida animal e vegetal e, por fim, o homem).
Os religiosos sustentam que a origem do homem e do próprio Universo estaria contada em seus livros sagrados, como o Gênesis (um dos livros da Bíblia) ou o Corão. Há grupos religiosos que entendem os livros ao pé da letra ("Deus criou o mundo em 6 dias"); mas outros acham a interpretação da Bíblia não precisa ser tão ao pé da letra: quem sabe, dizem eles, os seis dias da criação representariam seis eras geológicas?
Um grupo de criacionistas americanos criou também a hipótese do "desenho inteligente" ("intelligent design", em inglês), muito aceita nos Estados Unidos. Essa hipótese diz que tudo que existe é perfeito demais para ter sido criado pela natureza ou pelo acaso; teria, portanto, que existir um "ser inteligente" desenhando tudo isso (ou seja, Deus).
Já, a teoria do Evolucionismo é fruto de pesquisas científicas que começaram com Charles Darwin, que defendia que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo no qual fatores de ordem natural.
Evolução significa desenvolvimento progressivo. Em biologia, evolução se refere à transformação progressiva das espécies - os organismos vivos vão se modificando com o tempo para se adaptarem ao seu meio. Somente os seres mais bem preparados poderiam sobreviver no longo prazo.
Darwin despertou a ira de muita gente (naquela época e agora!) quando disse que o homem e o macaco tinham uma mesma ascendência. Muita gente achou que isso significava dizer que o homem descende do macaco. Nada disso: a teoria evolucionista diz apenas que homem e macaco tiveram um ancestral comum; a partir dele, as duas espécies se desenvolveram, cada uma para o seu lado.
A partir daí, muitos cientistas se dedicaram a encontrar sinais de que a teoria evolucionista era real. Darwin havia encontrado várias dessas provas em sua viagem no Beagle e em seus estudos, mas havia ainda muito por pesquisar. Hoje, sabe-se que o homem de hoje surgiu com os Hominídeos, mais de quatro milhões de anos atrás.
Muita coisa já foi provada cientificamente. Mas o chamado "Elo Perdido" (o ser que originou, para um lado, o homem moderno, e para outro, os macacos), ainda não foi encontrado.
Fonte: Mundo Educação
Até ao século XIX considerava-se que todos os seres vivos existentes se apresentavam como sempre tinham sido. Toda a Vida era obra de uma entidade toda poderosa, facto que servia para mascarar o facto de não existirem conhecimentos suficientes para se criar uma explicação racional.
Esta explicação, o Criacionismo, no entanto, já no tempo da Grécia antiga não era satisfatória. De modo a contornar a necessidade de intervenção divina na criação das espécies, surgem várias teorias alternativas, baseadas na observação de fenómenos naturais, tanto quanto os conhecimentos da época o permitiam.
Aristóteles elaborou uma dessas teorias, cuja aceitação se manteve durante séculos, com a ajuda da Igreja Católica, que a adoptou. Esta teoria considerava que a Vida era o resultado da acção de um princípio activo sobre a matéria inanimada, a qual se tornava, então, animada. Deste modo, não haveria intervenção sobrenatural no surgimento dos organismos vivos, apenas um fenómeno natural, a geração espontânea.
Estas ideias perduraram até á era moderna, pois Van Helmont (1577 – 1644) ainda considerava que os “cheiros dos pântanos geravam rãs e que a roupa suja gerava ratos, adultos e completamente formados”.
Também era considerado acertado pelos naturalistas que os intestinos produzissem espontaneamente vermes e que a carne putrefata gerasse moscas.
Todas estas teorias consideravam possível o surgimento de Vida a partir de matéria inanimada, fosse qual fosse o agente catalisador dessa transformação, daí o estarem englobadas na designação geral de Abiogénese
Teoria da Abiogênese
Abiogênese (do grego a-bio-genesis , "origem não biológica")
Aristóteles no século IV a.C acreditava na existência de certos princípios ativos ou forças vitais no surgimento da vida a partir de substâncias inanimadas. Surgindo assim a teoria da abiogênese ou geração espontânea (crença de que a vida poderia surgir a partir de água, lixo, sujeira e outros restos).
Em meados do século XVII, o biólogo italiano Francesco Redi (elaborou experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da geração espontânea. Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros "vermes" deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível. Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição, esses "vermes" não apareciam . Redi, então, isolou alguns dos "vermes" que surgiram no interior dos frascos abertos, observando-lhes o comportamento; notou que, após consumirem avidamente o material orgânico em putrefação, tornavam-se imóveis, assumindo um aspecto ovalado, terminando por desenvolver cascas externas duras e resistentes. Após alguns dias, as cascas quebravam-se e, do interior de cada unidade, saía uma mosca semelhante àquelas que haviam pousado sobre a carne em putrefação.
Teoria da Biogênese
Por volta de 1862, o cientista Louis Pasteur (1822-1895), desmentiu a abiogênese, comprovando assim, que os microorganismos, originam-se a partir de outros preexistentes.
Ele ferveu caldo de carne em um vidro aberto que possuía um gargalo curvado em forma de S, conhecido como “pescoço de cisne”. O líquido ficou por muito tempo sem micróbios, apesar de entrar ar os micróbios que vinham juntamente com o ar ficavam depositados junto à poeira na curvatura do gargalo.
Para comprovar que não havia micróbios, o cientista curvou o frasco, para que o caldo estéril juntasse com a poeira e logo depois, o frasco estava cheio de bactérias.
As experiências de Pasteur e Redi fizeram com que a hipótese da biogênese, fosse aceita pelos cientistas de todo o mundo .
Criacionismo e Evolucionismo
•O Criacionismo é a teoria que diz que o Universo e a vida na Terra foram criados por uma ou mais entidades inteligentes (um ou mais deuses).
Para os gregos antigos, foram os titãs que criaram o homem; para a mitologia chinesa, a raça humana foi criada pela solidão da deusa Nu Wa; o cristianismo se baseia nos escritos da Bíblia para explicar a origem do universo e da vida (Deus teria criado os céus, a Terra com toda a vida animal e vegetal e, por fim, o homem).
Os religiosos sustentam que a origem do homem e do próprio Universo estaria contada em seus livros sagrados, como o Gênesis (um dos livros da Bíblia) ou o Corão. Há grupos religiosos que entendem os livros ao pé da letra ("Deus criou o mundo em 6 dias"); mas outros acham a interpretação da Bíblia não precisa ser tão ao pé da letra: quem sabe, dizem eles, os seis dias da criação representariam seis eras geológicas?
Um grupo de criacionistas americanos criou também a hipótese do "desenho inteligente" ("intelligent design", em inglês), muito aceita nos Estados Unidos. Essa hipótese diz que tudo que existe é perfeito demais para ter sido criado pela natureza ou pelo acaso; teria, portanto, que existir um "ser inteligente" desenhando tudo isso (ou seja, Deus).
Já, a teoria do Evolucionismo é fruto de pesquisas científicas que começaram com Charles Darwin, que defendia que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo no qual fatores de ordem natural.
Evolução significa desenvolvimento progressivo. Em biologia, evolução se refere à transformação progressiva das espécies - os organismos vivos vão se modificando com o tempo para se adaptarem ao seu meio. Somente os seres mais bem preparados poderiam sobreviver no longo prazo.
Darwin despertou a ira de muita gente (naquela época e agora!) quando disse que o homem e o macaco tinham uma mesma ascendência. Muita gente achou que isso significava dizer que o homem descende do macaco. Nada disso: a teoria evolucionista diz apenas que homem e macaco tiveram um ancestral comum; a partir dele, as duas espécies se desenvolveram, cada uma para o seu lado.
A partir daí, muitos cientistas se dedicaram a encontrar sinais de que a teoria evolucionista era real. Darwin havia encontrado várias dessas provas em sua viagem no Beagle e em seus estudos, mas havia ainda muito por pesquisar. Hoje, sabe-se que o homem de hoje surgiu com os Hominídeos, mais de quatro milhões de anos atrás.
Muita coisa já foi provada cientificamente. Mas o chamado "Elo Perdido" (o ser que originou, para um lado, o homem moderno, e para outro, os macacos), ainda não foi encontrado.
Fonte: Mundo Educação
Assinar:
Postagens (Atom)