domingo, 30 de janeiro de 2011

Guia de estudo: biologia, química e física:
Confira tópicos da disciplina que devem ser estudados para as provas dos vestibulares do Brasil.

Metabolismo celular e genética estão entre os temas.
O professor Sezar Sasson, supervisor de biologia do curso Anglo, dividiu a disciplina em tópicos fundamentais. Segundo Sasson, estes são os assuntos mais relevantes e não podem deixar de ser estudados para as provas dos maiores vestibulares do país.

Metabolismo celular: substâncias que compõem a matéria-viva (carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucléicos) e seus papéis. Metabolismo energético (fermentação, respiração e fotossíntese) e controle genético da atividade celular (DNA e seus papéis).

Biologia celular: tipos de células (procariótica e eucariótica); estrutura da membrana plasmática e modalidades de transporte; estrutura e função dos orgânulos citoplasmáticos e dos componentes do núcleo; mitose e meiose e sua relação com o crescimento e a reprodução.

Genética: aplicar as Leis de Mendel aos casos de herança de um par ou de dois pares de genes; os casos de alelos múltiplos,como a herança dos grupos sangüíneos, e os relacionados aos cromossomos sexuais (daltonismo e hemofilia); segregação independente e suas diferenças com o linkage (ligação gênica). interação gênica e herança quantitativa.

Observação: quanto aos tópicos DNA, biologia celular e genética, lembrar dos temas atuais biotecnologia, células tronco, clonagem reprodutiva e terapêutica, terapia gênica, utilização do DNA para verificação de paternidade etc.

Evolução biológica: variabilidade, suas fontes, os processos de seleção natural e da formação de novas espécies (especiação); teorias da evolução (lamarquismo, darwinismo e teoria sintética); fundamentos da genética de populações (teorema de Hardy-Weinberg).

Grupos animais: características gerais dos grupos zoológicos, suas adaptações ao ambiente em que vivem, com ênfase nos artrópodes e nos cordados, pela sua importância ecológica.

Fisiologia animal: mecanismos da digestão, circulação, respiração, excreção, e dos sistemas nervoso e hormonal nos grupos animais, com ênfase nos mamíferos e, particularmente, na espécie humana.

Grupos vegetais: características gerais de briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas; noção do ciclo reprodutivo haplodiplobionte e dos mecanismos de dispersão.

Fisiologia vegetal: noção da fisiologia da água (transporte, transpiração, abertura e fechamento dos estômatos), regulação hormonal do crescimento e fisiologia da fotossíntese (fatores limitantes e ponto de compensação).

Monera, protista e fungi: importância ecológica, industrial e médica de bactérias, protozoários, algas e fungos.

Ecologia: conceitos fundamentais (população, comunidade, ecossistema, biosfera); diferenças entre nicho ecológico e habitat; fluxo de energia (cadeias e teias alimentares) e ciclos da matéria, principalmente carbono e nitrogênio; interações biológicas (mutualismo, comensalismo, parasitismo etc.); noção da sucessão ecológica e dos tipos de poluição; noção dos biomas brasileiros.

Parasitoses brasileiras: as principais protozooses e verminoses brasileiras, seus causadores e transmissores, seus ciclos vitais e a possibilidade de sua interrupção.

Geraldo Camargo de Carvalho, supervisor de química do Curso Anglo, elaborou um roteiro com os tópicos de química que precisam ser revisados para as provas do vestibular. Confira abaixo.

Estequiometria: relacionar a quantidade de substância (em mol) com a sua massa, seu volume, com a constante de Avogadro e verificar a proporção entre as quantidades (em mol) dos participantes de uma reação, dada pelos respectivos coeficientes na equação química.

Química inorgânica: formulação, nomenclatura e propriedades gerais dos ácidos, bases, sais e óxidos. Propriedades particulares, obtenção e aplicações dos principais ácidos, bases, sais e óxidos. Reações de deslocamento e de dupla troca.

Química orgânica: nomenclatura e formulação das principais funções. Isomeria. Principais reações orgânicas: oxidação (combustão em particular), redução, esterificação, saponificação, hidrólise e polimerização. Principais polímeros. Hidratos de carbono. Lipídios. Proteínas.

Soluções:
concentração em mol/litro, gramas/litro e porcentagem em massa. Efeitos coligativos: abaixamentos da pressão de vapor e da temperatura de congelação; elevação da temperatura de ebulição; pressão osmótica.

Gases:
equação geral (PV/T=K) e de estado (PV=nRT) do gás ideal. Densidade dos gases. Misturas gasosas: pressão e volume parciais.

Termoquímica: conceito de entalpia de formação e de combustão. Cálculo da variação de entalpia em reações pela aplicação da lei de Hess e pelos valores das energias de ligação.

Cinética química: fatores da velocidade de reação: temperatura, concentração, pressão (no caso de reagente gasoso), superfície de contato e catalisador.

Equilíbrio químico: conceito e cálculo da constante de equilíbrio. Deslocamento de equilíbrio. Princípio de Le Chatelier. Constante de ionização e força dos ácidos e bases. Cálculos da constante de ionização em função da concentração em mol/L e do grau de dissociação e vive-versa. Conceito e cálculos envolvendo pH. Hidrólise salina. Produto de solubilidade (Kps) e curvas de solubilidade.

Eletroquímica: funcionamento da pilha. Cátodo, ânodo, pólos positivo e negativo. Conceito de potencial de redução. Cálculo da voltagem pelos potenciais de redução. Previsão de reações. Eletrodo de sacrifício. Eletrólise: aplicações , equacionamento das reações e cálculos de quantidades envolvidas.

Ligações químicas: ligações iônica e covalente pelo modelo do octeto. Diferenças entre composto iônicos e moleculares quanto aos pontos de fusão, de ebulição e quanto à condutividade elétrica. Polaridade das moléculas. Previsão de solubilidade em função da polaridade. Ligações intermoleculares. Pontes de hidrogênio em particular.

Radioatividade: natureza das emissões radioativas. Variação do número atômico e da massa produzidos nas emissões (partículas alfa e beta). Conceito de meia-vida.

Química ambiental:
principais poluentes do meio ambiente e o modo de minimizar seus efeitos. Chuva ácidas e seu impacto ambiental. Smog fotoquímico e suas conseqüências (efeito estufa). Preservação da camada de ozônio na atmosfera

Os principais vestibulares do país apresentam questões de física com ênfase nos aspectos conceituais da disciplina, relacionando-os a situações cotidianas. "Não há mágica, estudar privilegiando o conceito e não as continhas é a receita'', diz José Roberto Castilho Piqueira, professor titular da Escola Politécnica da USP e autor do Sistema Anglo de Ensino, em texto sobre como se preparar para o exame. Segundo Piqueira, os assuntos listados abaixo requerem especial atenção na hora de estudar.

Mecânica: além de ser um tópico muito solicitado, é imprescindível para o bom entendimento dos outros pontos.

Cinemática
: situações práticas como percursos, aceleração e frenagem de veículos e encontros e ultrapassagens.

Dinâmica: situações envolvendo polias, planos inclinados, planos horizontais montanha-russa, globo da morte, choques entre bolas de bilhar e explosões de granadas pertencentes ao dia-a-dia do estudante.

Hidrostática: problemas sobre pressão em mergulhadores e submarinos, prensa hidráulica e corpos flutuantes.

Termofísica: verificar se um paciente tem febre, escolher a roupa adequada ao clima, cozinhar alimentos e movimentar um motor são algumas das várias aplicações práticas do tópico.

Óptica: como escolher um espelho retrovisor ou uns óculos ou como usar uma lupa.

Eletrecidade: a água do chuveiro pode ser quente, morna ou fria. A pilha faz o radinho funcionar. Os sinais eletrônicos percorrem o mundo em frações de segundo.

Ondulatória:
as ondas do mar são apreciadas não só pelos surfistas, também proporcionam ao físico a idéia básica para a propagação de informação pelo espaço. Som, luz, ondas de rádio são ponto de partida da física moderna.
Métodos Anticoncepcionais

Existem vários métodos para se proteger de uma gravidez indesejada e de doenças sexualmente transmissíveis. Mas é com pezar que digo: Continua crescendo o quantitativo de adolescentes grávidas no mundo todo, e em questão no Brasil.
Abaixo seguem alguns métodos:







A vasectomia por exemplo, é uma cirurgia simples,feita no homem, ao contrário do que muitos temem, a vasectomia não diminue o libído e nem tão pouco faz o homem faz o homem não ejacular somente fará com que não haja mais a presença de espermatozóides no esperma.









A Laqueadura também é uma forma de prevenir a gravidez, é uma cirurgia na qual se cortam as duas trompas e as amarram, podendo ser cauterizadas ou fechadas com grampos ou anéis.
A ligadura de trompas impede que os espermatozóides encontrem com o óvulo.



O uso do Dispositivo intra-uterino- DIU
è um pequeno objeto de plástico, que pode ser recoberto de cobre ou conter hormônio, colocado no interior do útero para evitar a gravidez. O DIU não provoca aborto, porque atua antes da fecundaçao. Sendo recoberto por cobre age inativando ou matando os espermatozóides, impedidindo o encontro com o óvulo. A colocação do DIU deve ser feita por profissional de saúde treinado.
Lembrando que estes métodos não protegem de DST's.


Use sempre Camisinha, é a única que protege tanto a gravidez como as DST's.
Nota: nunca abra-a com objetos cortantes,
verifique data, carimbo do Immetro, estado da embalagem;
guarda-la em local seco e fresco;
nunca usar mais de uma por vez, nem masculina nem feminina.

Além destes existem: tabela, diafragma,coito interromipido, pilulas que são tomadas de acordo com a prescrição médica, bem como injeções, etc...
mas para quem não quer evitar uma gravidez esta imagem retrata o processo da ejaculação:
Na relação sexual, após a ejaculação, o esperma masculino é depositado na vagina da mulher. O esperma contém os espermatozóides, que são células reprodutoras masculinas. Estes se movimentam rápido pelo canal vaginal, que penetra no útero e dirigi-se ás trompas uterinas. Se, na trompa, o espermatozóide encontrar-se com o óvulo, que é a célula reprodutoa feminina, ocorre a fecundação. O óvulo fecundado dirigi-se ao útero, onde se aninha, dando início à gravidez.
Genoma do orangotango tem 97% de coincidências com o homem, diz estudo

MADRI - Um consórcio internacional de pesquisa sequenciou o genoma do orangotango e identificou 97% de coincidências genéticas com o ser humano, segundo publicou esta semana a revista Nature.

Cientistas do Instituto de Biologia Evolutiva de Barcelona (UPF-CSIC) e do Instituto de Oncologia da Universidade de Oviedo colaboraram nesse trabalho, dirigido pelo cientista Devin Locke, da Universidade de Washington em Saint Louis (EUA) e fruto da colaboração de mais de 30 laboratórios de sete países.

Os pesquisadores identificaram mais de 3 milhões de pares de bases que constituem o genoma do orangotango, animal com o qual o homem compartilhou um antepassado comum há mais de 12 milhões de anos.

Apesar das grandes coincidências genéticas dos humanos com o orangotango, "nós não somos tão parecidos com a espécie como se pensava há alguns anos", explicou Arcadi Navarro, coordenador do estudo apresentado pelos pesquisadores da Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, onde ensina genética.

O cientista, que é também professor do UPF-CSIC, acrescentou que "graças às técnicas modernas foram detectadas diferenças muito importantes em certos fragmentos do genoma, e isso nos faz muito diferentes".

Esses 3% de diferenças nas zonas comuns do genoma representam cerca de 90 milhões de variantes não comuns. "Só nesses fragmentos não compartilhados poderia haver até dezenas de genes que nós temos, mas os orangotangos não, e vice-versa".

Segundo os cientistas, com a sequenciação do genoma do orangotango, ampliou-se o conhecimento genômico dos primatas vivos, entre eles o homem e o chimpanzé. Por outro lado, também já foram sequenciados os genomas dos extintos Homo neanderthalensis e Denisova hominin.

Os dados obtidos sobre o orangotango apresentam pistas para entender a evolução dos hominídeos e o processo até a aparição do Homo sapiens sapiens. Além disso, a pesquisa oferece informação sobre os mecanismos das reorganizações cromossômicas de doenças como o câncer.




SÃO PAULO -
Cientistas do Laboratório Europeu de Biologia Molecular em Heidelberg, na Alemanha, criaram um software que aprende rapidamente o que os pesquisadores estão procurando e executa automaticamente complexos experimentos de microscopia. O trabalho foi publicado na revista Nature Methods.

A visão de um pesquisador sentado em um microscópio durante horas, buscando meticulosamente as células certas, pode em breve ser uma atividade do passado graças a esse programa de computador, que pode aprender rapidamente o que o cientista procura e, em seguida, desempenhar tarefa difíceis e demoradas, realizando experimentos de microscopia complexa ao detectar células com características interessantes.

Chamado de Micropilot (Micropiloto), o software leva a inteligência artificial para o campo da microscopia. Ele analisa imagens de baixa resolução feitas por um microscópio e, uma vez identificada a célula ou estrutura na qual os cientistas estão interessados, automaticamente instrui o aparelho a iniciar a experiência. Isso pode ser tão simples como gravar vídeos em alta resolução ou tão complexo como o uso de lasers para interferir com proteínas fluorescentes etiquetadas e gravar os resultados.

O software é uma dádiva para os estudos de sistemas de biologia, pois gera mais dados e mais rapidamente. Em apenas quatro dias de operação autônoma em microscópio, o Micropilot detectou 232 células em duas fases diferentes da divisão celular e realizou um experimento de visualização mais complexo sobre elas, enquanto um microscopista experiente teria de trabalhar pelo menos um mês apenas para encontrar os células entre as milhares da amostra.

Com alto rendimento, o software pode facilmente gerar dados para obter resultados estatisticamente confiáveis, permitindo aos cientistas sondar o papel de centenas de proteínas diferentes em um determinado processo biológico.

Os pesquisadores Jan Ellenberg e Rainer Pepperkok, cujas equipes projetaram o Micropilot, usaram o programa para implantar diferentes experimentos de microscopia, investigando vários aspectos da divisão celular.

Eles identificaram quando as estruturas conhecidas como retículo endoplasmático se formam e descobriram o papel de duas proteínas, a CBX1 and CENP-E, na condensação de material genético em cromossomos danificados e na formação do eixo que ajuda a alinhar os cromossomos.

O software será uma ferramenta fundamental para os projetos de biologia europeus Mitosys e SystemsMicroscopy, para os quais Ellenberg e Pepperkok estão desenvolvendo a tecnologia.




sábado, 5 de junho de 2010

O pai da evolução biológica: Charles Darwin




Charles Darwin(1809 – 1882) nasceu em 12 de fevereiro de 1809, o quinto de seis irmãos, na família de um bem sucedido médico de interior. Seu avô paterno, Erasmus, uma figura muito respeitada embora algo controvertida, desfrutava da amizade de outra personalidade de grande destaque no século XVIII, Josiah Wedgwood I, fundador da Cerâmica Wedgwood. Esta amizade viu-se coroada com o casamento da filha mais velha de Wedgwood, Susannah, com Robert, filho de Erasmus Darwin.

Escola e Universidade
Charles cursou a Escola de Shrewsbury desde os nove anos, onde era freqüentemente rejeitado como o menino "que brinca com gases e outras porcarias". Aos dezesseis anos, esforçando-se para agradar ao pai, Charles iniciou os estudos de medicina na Universidade de Edinburgh e posteriormente, dedicou-se à Teologia, em Cambridge.
Não estava porém destinado o ser médico ou pastor. Em ambas as universidades distinguiu-se sobretudo em ciências naturais, área em que nunca se matriculara oficialmente.

Casamento
Ao debater consigo mesmo se deveria ou não casar-se, Darwin elaborou uma lista de prós e contras. Como solteiro, argüia, ele poderia perseguir suas pesquisas científicas sem o peso de preocupações domésticas. Mas os dons e encantos de sua prima Emma Wedgwood preponderaram sobre os contras, e a 29 de janeiro de 1839 celebrou-se o casamento de ambos.

A Origem das Espécies
Darwin não perdeu mais tempo com hesitações acadêmicas. Em julho de 1858 iniciou um trabalho para a Sociedade Linnean que veio a constituir A Origem das Espécies, publicado no ano seguinte por John Murray. Marcou história, expondo o mecanismo básico da evolução: a seleção natural.
Darwin havia acumulado tantos fatos para fundamentar sua teoria que seus argumentos eram difíceis de refutar. Mas a implicação de que todos os seres vivos descendem de um ancestral comum insere o Homem no esquema evolutivo, dando início a uma das maiores controvérsias científicas, e cujos efeitos se fazer sentir até os nossos dias.

Últimos Anos
Após a publicação de Origem das Espécies, Darwin aparentemente abandonou os estudos evolucionistas, dedicando-se à área menos controversa das plantas e minhocas. Na realidade, porém, continuou a acumular evidências para sua teoria na vida das plantas, acreditando que estas se prestavam mais adequadamente às suas experiências do que os animais. Em 1876 Darwin redigiu uma curta autobiografia, dedicada a seus filhos, em que registra suas atividades científicas. Suas investigações e experiências levaram-no a fazer muitas descobertas importantes, pelo que é hoje considerado como um dos pioneiros não apenas da teoria da evolução como também no campo da taxionomia dos percevejos, do comportamento animal, da genética, da fisiologia vegetal e da polinização ecológica.

Reconhecimento
Darwin viveu o suficiente para ver sua teoria da evolução ganhar aceitação geral. É de Huxley a queixa irônica de que "será um mundo monótono. As idéias que os homens desprezavam há 25 anos logo serão ensinadas nos livros escolares". No dia 19 de abril de 1882 Darwin faleceu em Down, e foi sepultado próximo à tumba de Isaac Newton, na Abadia de Westminster. Huxley, Hooker e Wallace carregaram seu caixão. Sua maior realização foi ter lançado as bases da biologia moderna.

Abiogênese_ contextualizando

Até ao século XIX considerava-se que todos os seres vivos existentes se apresentavam como sempre tinham sido. Toda a Vida era obra de uma entidade toda poderosa, facto que servia para mascarar o facto de não existirem conhecimentos suficientes para se criar uma explicação racional.
Esta explicação, o Criacionismo, no entanto, já no tempo da Grécia antiga não era satisfatória. De modo a contornar a necessidade de intervenção divina na criação das espécies, surgem várias teorias alternativas, baseadas na observação de fenómenos naturais, tanto quanto os conhecimentos da época o permitiam.
Aristóteles elaborou uma dessas teorias, cuja aceitação se manteve durante séculos, com a ajuda da Igreja Católica, que a adoptou. Esta teoria considerava que a Vida era o resultado da acção de um princípio activo sobre a matéria inanimada, a qual se tornava, então, animada. Deste modo, não haveria intervenção sobrenatural no surgimento dos organismos vivos, apenas um fenómeno natural, a geração espontânea.
Estas ideias perduraram até á era moderna, pois Van Helmont (1577 – 1644) ainda considerava que os “cheiros dos pântanos geravam rãs e que a roupa suja gerava ratos, adultos e completamente formados”.
Também era considerado acertado pelos naturalistas que os intestinos produzissem espontaneamente vermes e que a carne putrefata gerasse moscas.
Todas estas teorias consideravam possível o surgimento de Vida a partir de matéria inanimada, fosse qual fosse o agente catalisador dessa transformação, daí o estarem englobadas na designação geral de Abiogénese


Teoria da Abiogênese
Abiogênese (do grego a-bio-genesis , "origem não biológica")

Aristóteles no século IV a.C acreditava na existência de certos princípios ativos ou forças vitais no surgimento da vida a partir de substâncias inanimadas. Surgindo assim a teoria da abiogênese ou geração espontânea (crença de que a vida poderia surgir a partir de água, lixo, sujeira e outros restos).
Em meados do século XVII, o biólogo italiano Francesco Redi (elaborou experiências que, na época, abalaram profundamente a teoria da geração espontânea. Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros "vermes" deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível. Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição, esses "vermes" não apareciam . Redi, então, isolou alguns dos "vermes" que surgiram no interior dos frascos abertos, observando-lhes o comportamento; notou que, após consumirem avidamente o material orgânico em putrefação, tornavam-se imóveis, assumindo um aspecto ovalado, terminando por desenvolver cascas externas duras e resistentes. Após alguns dias, as cascas quebravam-se e, do interior de cada unidade, saía uma mosca semelhante àquelas que haviam pousado sobre a carne em putrefação.





Teoria da Biogênese




Por volta de 1862, o cientista Louis Pasteur (1822-1895), desmentiu a abiogênese, comprovando assim, que os microorganismos, originam-se a partir de outros preexistentes.
Ele ferveu caldo de carne em um vidro aberto que possuía um gargalo curvado em forma de S, conhecido como “pescoço de cisne”. O líquido ficou por muito tempo sem micróbios, apesar de entrar ar os micróbios que vinham juntamente com o ar ficavam depositados junto à poeira na curvatura do gargalo.

Para comprovar que não havia micróbios, o cientista curvou o frasco, para que o caldo estéril juntasse com a poeira e logo depois, o frasco estava cheio de bactérias.

As experiências de Pasteur e Redi fizeram com que a hipótese da biogênese, fosse aceita pelos cientistas de todo o mundo .

















Criacionismo e Evolucionismo




•O Criacionismo é a teoria que diz que o Universo e a vida na Terra foram criados por uma ou mais entidades inteligentes (um ou mais deuses).
Para os gregos antigos, foram os titãs que criaram o homem; para a mitologia chinesa, a raça humana foi criada pela solidão da deusa Nu Wa; o cristianismo se baseia nos escritos da Bíblia para explicar a origem do universo e da vida (Deus teria criado os céus, a Terra com toda a vida animal e vegetal e, por fim, o homem).

Os religiosos sustentam que a origem do homem e do próprio Universo estaria contada em seus livros sagrados, como o Gênesis (um dos livros da Bíblia) ou o Corão. Há grupos religiosos que entendem os livros ao pé da letra ("Deus criou o mundo em 6 dias"); mas outros acham a interpretação da Bíblia não precisa ser tão ao pé da letra: quem sabe, dizem eles, os seis dias da criação representariam seis eras geológicas?

Um grupo de criacionistas americanos criou também a hipótese do "desenho inteligente" ("intelligent design", em inglês), muito aceita nos Estados Unidos. Essa hipótese diz que tudo que existe é perfeito demais para ter sido criado pela natureza ou pelo acaso; teria, portanto, que existir um "ser inteligente" desenhando tudo isso (ou seja, Deus).

Já, a teoria do Evolucionismo é fruto de pesquisas científicas que começaram com Charles Darwin, que defendia que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo no qual fatores de ordem natural.
Evolução significa desenvolvimento progressivo. Em biologia, evolução se refere à transformação progressiva das espécies - os organismos vivos vão se modificando com o tempo para se adaptarem ao seu meio. Somente os seres mais bem preparados poderiam sobreviver no longo prazo.

Darwin despertou a ira de muita gente (naquela época e agora!) quando disse que o homem e o macaco tinham uma mesma ascendência. Muita gente achou que isso significava dizer que o homem descende do macaco. Nada disso: a teoria evolucionista diz apenas que homem e macaco tiveram um ancestral comum; a partir dele, as duas espécies se desenvolveram, cada uma para o seu lado.

A partir daí, muitos cientistas se dedicaram a encontrar sinais de que a teoria evolucionista era real. Darwin havia encontrado várias dessas provas em sua viagem no Beagle e em seus estudos, mas havia ainda muito por pesquisar. Hoje, sabe-se que o homem de hoje surgiu com os Hominídeos, mais de quatro milhões de anos atrás.

Muita coisa já foi provada cientificamente. Mas o chamado "Elo Perdido" (o ser que originou, para um lado, o homem moderno, e para outro, os macacos), ainda não foi encontrado.




Fonte: Mundo Educação

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Áreas de atuação: Leque da Biologia.


Áreas de atuação de um Biólogo

A Biologia divide-se em quatro grandes áreas: Meio Ambiente, Biotecnologia e Produção, Saúde e Educação.


Aqui estão alguns campos que podem ser seguidos por vocês estudantes de Biologia:

MEIO AMBIENTE
Conservação, manejo e sustentabilidade da biodiversidade e dos ecossistemas;

Gestão ambiental;

Ecoturismo;

Estudos ambientais (EIA, RIMA, PRAD, RAD, PTRF, etc);

Estudos e invetários das espécies animais, vegetais e microbianas;

Gestão de bacias hidrográficas;

Gestão de efluentes e resíduos;

Gestão de museus, jardins botânicos e zoológicos;

Gestão de parques, reservas e outras Unidades de Conservação;

Jardinagem e Paisagismo;

Licenciamento e controle ambiental;

Recuperação / restauração de ambientes degradados;

Tratamento, controle e monitoramento biológico da qualidade do ar, água e solo.
Bioensaios;


BIOTECNOLOGIA E PRODUÇÃO


Bioinformática;

Bioprospecção;

Biorremediação;

Bioterismo;

Desenvolvimento, controle e comercialização de equipamentos e materiais de laboratórios;

Engenharia genética;

Floricultura;

Genômica;

Processos fermentativos;

Produção, cultivo, criação e comercialização de espécies animais e vegetais nativas, exóticas e domesticadas;

Produção de células, tecidos, órgãos e organismos;

Produção de kits biológicos;

Tecnologia ambiental;

Tecnologia de produtos e processos de interesse para as áreas de meio ambiente, saúde e agroindústria.



SAÚDE E EDUCAÇÃO

Análise e aconselhamento genético;

Análises Clínicas;

Controle biológico de vetores e pragas;

Controle de qualidade em alimentos;

Controle de zoonoses;

Epidemiologia e saúde pública;

Vigilância sanitária
Educação ambiental;

Ensino de nível fundamental e médio;

Produção científica e extensão;

Universidades e instituições de ensino superior.